Apocalipse: Sem restrições a festas, infectologistas preveem 'bomba-relógio' em janeiro.
Embora alguns estados brasileiros começaram a anunciar restrições às festas de Natal e Ano Novo para conter a pandemia do novo coronavírus, a medida ainda enfrenta resistência por parte do governo federal e seus apoiadores, que na sexta-feira (4) tornaram popular a hashtag #VaiTerNatalSim.
Para infectologistas ouvidos pelo UOL, a falta de sintonia entre as autoridades acerca das restrições resultará em aumento de infecções e um janeiro complicado.
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Imagem: Mineto / Estadão Conteúdo |
VEJA FALA DOS ESPECIALISTAS
"Há diferentes posições entre estados, municípios e União", diz o infectologista Valdez Ramalho Madruga. "Tem governador que mandou cancelar evento, mas tem prefeito querendo fazer, enquanto o presidente trata a doença como 'gripezinha'. A população fica sem saber a quem obedecer.".
"Falta postura, uma liderança. Não vai dar certo se cada estado fizer do seu jeito", afirma a infectologista Eliana Bicudo, para quem "a segunda onda já chegou".
"Estou falando como médica que cuida de paciente com covid-19. Cheguei a ter calmaria em outubro e novembro, e agora um boom de novo, como em junho e julho", diz.
"Precisamos centralizar as diretrizes para que os estados as cumpram." O governo federal tem de se posicionar quanto às festas, ou teremos um janeiro sombrio.
A saúde pública, a vigilância sanitária e governos têm de se posicionar ou não vamos segurar a situação em janeiro. Eliana Bicudo, infectologista.
Weissmann defende restrições até de locomoção, como na Itália.
Ele afirma que a pandemia chegou ao Brasil pelos aeroportos das grandes cidades e se interiorizou por meio das rodovias.
É perfeitamente compreensível que a economia precise girar, os comerciantes precisem trabalhar, mas é necessário conscientização da população e não apenas imposição de medidas. Leonardo Weissmann, infectologista.
Veja a entrevista completa e informações no site UOL.
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